Salute

Saúde e bem-estar

Entenda a seguir tudo o que você precisa saber sobre diverticulite e descubra como prevenir essa doença cada vez mais comum no mundo todo.

A doença diverticular é um problema de saúde muito comum em pessoas de todo o mundo. Trata-se de uma condição em que pequenos “saquinhos” (os divertículos) se formam ao longo do intestino.

Esses “saquinhos” podem se formar em qualquer região do cólon, mas é mais comum acontecerem do lado esquerdo, no cólon descendente ou sigmóide.

A formação dos divertículos é chamada pelos médicos de diverticulose e, por si só, não preocupa. A complicação comum da doença diverticular, porém, é mais preocupante: a diverticulite.

A diverticulite é uma complicação que se instala quando os divertículos ficam inflamados ou infectados, podendo evoluir com um abscesso ou perfuração.

Em geral, a diverticulite pode causar sintomas desconfortáveis e, em alguns casos, complicações graves que, se não forem tratadas, podem causar graves problemas de saúde.

Por isso, é fundamental conhecer mais sobre a diverticulite, seus sintomas, causas mais comuns e como se faz o diagnóstico.

Confira a seguir o texto que preparamos para você!

Sintomas comuns de diverticulite

A diverticulite pode causar sintomas variados, de diferentes intensidades. Em alguns casos, os sintomas podem aparecer de repente; em outros, se desenvolvem ao longo de vários dias ou até meses.

Os sintomas mais comuns diverticulite são:

  • Dores ou inchaço no abdômen, mais comuns do lado esquerdo
  • Diarreia
  • Constipação

Além disso, caso você tenha diverticulite, poderá começar a sentir:

  • Dores constantes ou fortes no abdômen
  • Náusea e vômito
  • Febre e calafrios
  • Sangue nas suas fezes ou no reto

Dor abdominal: sintoma muito comum da diverticulite

A dor abdominal costuma ser o sintoma mais comum da diverticulite, sendo provável que ocorra no lado esquerdo inferior do abdômen. No entanto, é possível aparecer sintomas também no lado direito do abdômen.

Portanto, se você tiver o diagnóstico de doença diverticular e sentir com frequência algum desses sintomas, principalmente os mais graves como vômito ou sangue nas fezes, é recomendado procurar ajuda médica imediatamente para esclarecer se é ou não o caso de uma complicação e, eventualmente, começar o tratamento mais indicado.

Principais causas da diverticulite

O aparecimento dos divertículos acontece no intestino grosso porque nessa região o intestino conta apenas com uma camada de músculo em sua parede. Em outras regiões, como no intestino delgado ou no reto, por exemplo, a camada muscular é dupla.

Além disso, a parede do cólon vai perdendo sua elasticidade à medida que a pessoa envelhece, graças a alterações no colágeno da parede intestinal. Com isso, acontece uma maior rigidez da parede do intestino grosso e um maior risco de formação dos divertículos.

É claro que, quanto maior a pressão dentro do cólon, maior a chance de se formarem divertículos. E qual situação é a causa mais comum de aumento de pressão no intestino grosso? O hábito intestinal mais constipado, isto é, o chamado “intestino preso”, que costuma ocorrer quando a pessoa tem uma dieta pobre em fibras, bebe pouca água e pratica pouco ou nenhum exercício físico.

Vez por outra, os divertículos podem ficar inflamados e, em alguns casos mais graves, infectados. Para ilustrar, isso pode ocorrer quando as fezes ou alimentos mal digeridos bloqueiam a abertura dos divertículos. Quando isso ocorre, os médicos dizem que se trata de um quadro de diverticulite.

Diagnóstico de diverticulite

Provavelmente, para diagnosticar a diverticulite, o médico especialista é o cirurgião geral, o cirurgião do aparelho digestivo ou ainda o coloproctologista. Ele irá perguntar sobre os sintomas mais frequentes, histórico de saúde e medicamentos mais utilizados.

Além disso, poderá realizar um exame físico para verificar se a pessoa está com alguma sensibilidade no abdômen. Em alguns casos, poderá realizar um exame retal para verificar se há sangramento no reto, dor ou outros problemas relacionados.

Porém, várias outras condições podem causar sintomas parecidos com os da diverticulite. Por isso, para descartar outros problemas de saúde, o médico especialista pode solicitar alguns exames específicos.

Em geral, os exames podem incluir:

  • Ultrassom abdominal
  • Raio-X abdominal
  • Tomografia computadorizada abdominal
  • Ressonância magnética abdominal
  • Colonoscopia para examinar o interior dos intestinos
  • Exame de fezes para verificar se há sinais de infecções ou sangramentos
  • Teste de urina para verificar se há infecções
  • Exame pélvico para descartar problemas ginecológicos em mulheres
  • Exames de sangue para verificar sinais de inflamação, anemia, problemas renais ou hepáticos

Confira as complicações comuns da doença:

  • Abscesso: quanto existe uma coleção de pus no abdome
  • Fístula: uma conexão anormal que pode se desenvolver entre dois órgãos ou entre um órgão e a pele
  • Perfuração intestinal: uma laceração ou orifício na parede intestinal que pode permitir que o conteúdo do cólon vaze para a cavidade abdominal, causando inflamação e infecção
  • Obstrução intestinal: bloqueio no intestino que pode impedir a passagem das fezes normalmente

Tratamentos mais indicados para diverticulite

O tratamento recomendado pelo médico especialista para a diverticulite dependerá da gravidade da sua condição. Por isso, é importante fazer todos os exames necessários para um diagnóstico preciso.

Por exemplo, a diverticulite não complicada pode ser tratada em casa com algumas mudanças em sua alimentação e estilo de vida. Além disso, os médicos podem prescrever medicamentos, incluindo antibióticos.

No entanto, em casos mais complicados de diverticulite, provavelmente você precisará ser internado, para realizar o tratamento indicado pelo médico.

Uma das opções de tratamento é receber líquidos e antibióticos por meio intravenoso. Porém, dependendo da complicação, pode ser necessário se submeter a uma cirurgia.

Saiba como prevenir a doença:

  • Manter uma dieta rica em fibras
  • Ingerir 2 litros de líquido (água, de preferência, chás ou sucos) por dia para facilitar a formação do bolo fecal;
  • Manter um peso corporal saudável
  • Limitar o consumo de gordura saturada
  • Receber vitamina D suficiente
  • Não fumar e evitar ambientes com fumaça
  • Não usar laxantes por conta própria para combater as crises de obstipação intestinal
  • Fazer exercícios regularmente

De fato, a alimentação é um dos fatores principais que podem causar a diverticulite.

Certamente, essas dicas de prevenção da diverticulite também podem ajudar você a ter uma boa saúde de forma geral. Afinal, manter um estilo de vida saudável é o melhor caminho para cuidar do corpo e da mente.

Leia mais

O Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado em 2006, apresentou as primeiras diretrizes alimentares oficiais para a nossa população. diante das transformações sociais vivenciadas pela sociedade brasileira, que impactaram sobre suas condições de saúde e nutrição, fez- se necessária a apresentação de novas recomendações.

Leia mais

O câncer colorretal ou câncer de cólon ou reto, como também é conhecido, é um dos mais frequentes em nossa população, mas ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto. Para desmistificar esta enfermidade, continue lendo e descubra tudo que precisa saber sobre esta doença, dos sintomas ao tratamento.

Um tumor pode ser maligno ou benigno. O tumor maligno pode crescer e se espalhar para outras partes do corpo, enquanto o tumor benigno pode crescer, mas não se espalhará. Claro, essas mudanças geralmente levam anos para se desenvolver. Alguns fatores genéticos e ambientaisestão envolvidos com essas mudanças.

Encontrar o câncer de cólon em seu estágio inicial traz maior chance de cura. Fazer exames de rastreamento reduz o risco de morrer de câncer de cólon. Os médicos geralmente recomendam que as pessoas com risco médio de câncer de cólon comecem a fazer o rastreamento por volta dos 45 anos, mas as pessoas com risco maior (como aquelas com histórico familiar de câncer de cólon ou as da raça negra) devem começar o rastreamento mais cedo.

Sintomas

Os sinais e sintomas de câncer de cólon incluem:

  • Uma mudança persistente em seus hábitos intestinais, incluindo diarreia ou constipação ou uma mudança na consistência de suas fezes
  • Sangramento retal ou sangue nas fezes
  • Desconforto abdominal persistente, como cólicas, gases ou dor
  • Uma sensação de que seu intestino não esvazia completamente
  • Fraqueza ou fadiga
  • Perda de peso inexplicável

Diagnóstico

Se seus sinais e sintomas indicam que você pode ter câncer de cólon, seu médico pode recomendar um ou mais testes e procedimentos, incluindo:

  • Uma colonoscopia, que é um exame que usa um tubo longo, flexível e fino conectado a uma câmera de vídeo e a um monitor para visualizar todo o seu cólon e reto, por dentro. Se forem encontradas áreas suspeitas, seu médico pode passar ferramentas cirúrgicas pelo tubo para coletar amostras de tecido (biópsias) para análise e remover pólipos.
  • Exames de sangue. Nenhum exame de sangue pode dizer se você tem câncer de cólon, mas seu médico pode testar seu sangue em busca de pistas sobre sua saúde geral.
  • Testes sanguíneos para uma proteína produzida por cânceres de cólon (antígeno carcinoembrionário ou CEA).

Estágios

Se você foi diagnosticado com câncer de cólon, seu médico pode recomendar exames para determinar a extensão (estágio) de seu câncer. O estadiamento ajuda a determinar quais tratamentos são mais apropriados para você.

Os testes de estadiamento podem incluir exames de imagem, como tomografia computadorizada abdominal, pélvica e torácica. Em muitos casos, o estágio do câncer pode não ser totalmente determinado até depois da cirurgia de câncer de cólon.

Os estágios do câncer de cólon são indicados por algarismos romanos que variam de 0 a IV, com os estágios mais baixos indicando câncer limitado ao revestimento interno do cólon. No estágio IV, o câncer é considerado avançado e se espalhou (metástase) para outras áreas do corpo.

Tratamento

Os tratamentos com maior probabilidade de ajudá-lo variam para cada pessoa e situação: a localização do câncer, seu estágio e outras questões de saúde. O tratamento para câncer de cólon geralmente envolve a cirurgia para remover o câncer. Outros tratamentos, como radioterapia e quimioterapia, também podem ser recomendados.

Cirurgia para câncer de cólon em estágio inicial

Se o seu câncer de cólon for muito pequeno, seu médico pode recomendar uma abordagem minimamente invasiva para a cirurgia, como a remoção de pólipos durante uma colonoscopia (polipectomia).

Pólipos maiores podem ser removidos durante a colonoscopia usando ferramentas especiais para remover o pólipo e uma pequena quantidade do revestimento interno do cólon em um procedimento chamado ressecção endoscópica da mucosa.

Os pólipos que não podem ser removidos durante uma colonoscopia podem ser removidos por meio de cirurgia laparoscópica. Neste procedimento, seu cirurgião realiza a operação através de algumas pequenas incisões na parede abdominal, inserindo instrumentos com câmeras acopladas que exibem seu cólon em um monitor de vídeo.

Cirurgia para câncer de cólon mais avançado

Se o câncer cresceu no cólon ou através dele, seu cirurgião pode recomendar uma colectomia parcial, em que a parte do cólon que contém o câncer é removida, juntamente com uma margem de tecido normal de cada lado do câncer.

Quando não for possível reconectar as porções saudáveis de seu cólon ou reto após a cirurugia, você pode precisar de uma ostomia. Isso envolve a criação de uma abertura na parede do abdômen a partir de uma porção do intestino restante para a eliminação das fezes em uma bolsa que se encaixa com segurança sobre a abertura.

Os gânglios linfáticos próximos geralmente também são removidos durante a cirurgia de câncer de cólon e testados para câncer.

Cirurgia para câncer avançado

Se o seu câncer estiver muito avançado ou sua saúde geral estiver muito ruim, seu cirurgião pode recomendar uma operação para aliviar o bloqueio do cólon ou outras condições, a fim de melhorar seus sintomas. Esta cirurgia não é feita para curar o câncer, mas sim para aliviar sinais e sintomas, como bloqueio, sangramento ou dor.

Em casos específicos em que o câncer se espalhou apenas para o fígado ou pulmão, mas sua saúde geral é boa, seu médico pode recomendar cirurgia ou outros tratamentos localizados para remover o câncer.

Quimioterapia

A quimioterapia usa drogas para destruir as células cancerígenas. A quimioterapia para o câncer de cólon geralmente é administrada após a cirurgia se o câncer for maior ou se tiver se espalhado para os gânglios linfáticos. Desta forma, a quimioterapia pode matar quaisquer células cancerígenas que permaneçam no corpo e ajudar a reduzir o risco de recorrência do câncer.

Radioterapia

A radioterapia usa fontes de energia poderosas, como raios-X e prótons, para matar as células cancerígenas. Pode ser usado para encolher um câncer grande antes de uma operação para que possa ser removido mais facilmente.

Quando a cirurgia não é uma opção, a radioterapia pode ser usada para aliviar os sintomas, como a dor. Às vezes, a radiação é combinada com a quimioterapia.

Terapia medicamentosa direcionada

Os tratamentos com medicamentos direcionados concentram-se em anormalidades específicas presentes nas células cancerígenas. Ao bloquear essas anormalidades, os tratamentos com medicamentos direcionados podem causar a morte das células cancerígenas.

Imunoterapia

A imunoterapia é um tratamento medicamentoso que usa o sistema imunológico para combater o câncer. O sistema imunológico do seu corpo que combate doenças pode não atacar o câncer porque as células cancerígenas produzem proteínas que impedem o sistema imunológico de reconhecer as células cancerígenas. A imunoterapia funciona interferindo nesse processo.

Cuidados paliativos

Os cuidados paliativos são cuidados médicos especializados que se concentram no alívio da dor e de outros sintomas de uma doença grave. Os cuidados paliativos são prestados por uma equipe de médicos, enfermeiros e outros profissionais especialmente treinados que trabalham com você, sua família e outros médicos para fornecer uma camada extra de suporte que complementa seus cuidados contínuos.

Quando os cuidados paliativos são usados junto com todos os outros tratamentos apropriados, as pessoas com câncer podem se sentir melhor e viver mais.

Leia mais